vol.1
n. 03_ A cidade como campo ampliado da arte 
vol.1
n. 05 _ modos de subjetivação na cidade
 
vol.1
n.4 _ corpografias urbanas  
 
vol.1
n. 3 _ cidade como campo ampliado da arte 
 
vol.1
n. 02 _ cidades imateriais  
 
vol.1
n. 01 _ paisagens do corpo   
   
 

Na Dobra # 2, as idéias mobilizaram-se com foco nas experiências cotidianas de corpos urbanos em movimento. Cidades "desenhadas" nos corpos de onde "emergem", cidades menos visíveis, construídas no instante presente e intangível de suas vivências, estruturadas pela e na casualidade dos encontros. Partindo da sessão temática Cidades Imateriais, pretendemos criar uma ambiência de reflexão e iniciar processos autoperceptivos de "urbe-corporalidades" – construções transitórias que agenciam pessoas, arquiteturas, acontecimentos urbanos, temporalidades, pensamentos, criações, técnicas numa relação incessante e circunstancial.

Na casualidade dos nossos encontros deste mês, conversamos com Margareth da Silva Pereira – membro do comitê científico-artístico do Corpocidade –, que passou por Salvador e nos falou, dentre outras coisas, sobre as cidades que estão no seu corpo e em constante relação com outros corpos e outras cidades, em suas experiências cotidianas. Além desta conversa, o artigo de Margareth Corpos escritos – paisagem, memória e monumento: visões da identidade carioca  está disponível nesta Dobra em formato pdf para download. O enfoque deste texto é a critica à descorporificação da memória, entendendo que esta é uma lógica européia de preservação dos monumentos, que localiza a memória no objeto preservado e não nos corpos que se relacionam com ele. Em um outro artigo, a relação entre corpo e cidade surge em forma de “mapa”, quando Heloisa Neves nos fala do “mapa” como a representação metafórica de uma organização complexa e transitória (em processo) entre corpo e objeto que se forma no momento do ato experiencial.

Dando continuidade ao nosso transitar desejante de pistas sobre corpocidade, nos deparamos com o transitar aprendiz de jovens fotógrafos do projeto Oi Kabum, duplamente capturados na casualidade dos encontros urbanos, encontros que compõe a sessão corpoSSA deste mês. A reportagem desta edição traz informações sobre o colóquio "Corpo: identidades, memórias e subjetividades”, que acontece nos dias 08 e 09 de maio, na Fundação Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro e propõe uma ênfase nas subjetividades para falar de identidades corporais plurais, fluidas e em constante processo de construção, reunindo pesquisadores das áreas de História, literatura, arquitetura,  antropologia, historia da arte e comunicação.

 Com as leituras escritas e visuais da Dobra #2, propomos um estímulo à percepção do invisível-existente nos processos corpocidades que, na imanência de suas relações, dão vazão aos fluxos de intensidades, materializam desejos e fazem fluir atuações. Nesse trânsito, nesse deslocamento, atualizamos práticas culturais pela multiplicidade dos distintos modos de viver, que agenciam e elaboram mapas, memórias, olhares de cidades presentes no contingente da experiência urbana. Ou melhor, (nossas) imaterialidades tangíveis na partilha do que, de algum jeito, (nos) sensibiliza e (nos) afeta.